A bela do site http://gayeok.wordpress.com me entrevistou e eu fiquei toda toda, olhem só:
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Enfim uma boa notícia para as meninas cariocas!
Dia 27 de fevereiro, mais precisamente na próxima quarta-feira, acontecerá a primeira edição da Hey Ladies, uma festa especialmente para garotas deste Rio de Janeiro tão carente de festas/boates/qualquer coisa para lésbicas.
O Gay e OK, que procura sempre estar por dentro do que rola por aí, entrevistou a dj bree [CiSSa, pra quem é de casa], organizadora do evento. Não só apostamos na festa, mas achamos que será um A-HA-ZO.
Gay e OK - Então quer dizer que não preciso mais fazer Rio-São Paulo para curtir uma festinha realmente bacana de meninas?! Qual sua sugestão de investimento para a graninha que vou economizar?
dj bree - Conheço várias meninas que já fizeram esse trajeto pra ir ao Chá com Bolachas e à Teta a Teta, que são festas ótEmas. As menos abastadas pegavam um busum na rodoviária (mesmo assim custa dinheiro$$$) pra SP. As Helena Peabody do Rio iam de avião mesmo, coisa de princesas ;-p Mas zeeeentee, agora tem no Rio, logo ali em Botafogo! É NÓIS!
Gay e OK - Quem são as visionárias organizadoras da Hey Ladies? Como foi o momento em que decidiram promover e produzir uma nova proposta de festa lés para o Rio de Janeiro?
dj bree - Tem uma doida investindo nisso e sou eu. Convidei mais duas DJs, que me ajudam na divulgação, mas banco tudo. Visionária não… revoltada! Achava SURREAL a gente não ter esse espaço ainda.
Gay e OK - Blondie, Gotan Project, Phoenix, Gwen Stefani, Beatles, Franz Ferdinand e até Tim Maia. Listinha variada e incomum para as festas do circuito gay. Por que a Hey Ladies resolveu apostar neste som?
dj bree - Justo porque as festas GLS não tocam o que várias meninas gays curtem. Havia só três opções e nenhuma delas agradava totalmente a minha galera: ou íamos a uma festa GLS, onde há mais homens gays do que mulheres e só música eletrônica; ou a uma festa de música eletrônica na qual, se duas meninas se beijam, a coisa vira espetáculo para vários marmanjos hétero; ou íamos pra uma festa rock/indie rock e ficávamos lá dentro daquele armário apertadérrimo porque são noites predominantemente hétero.
É chato ser minoria sempre.
E isso acontece porque estamos dispersas, sem um ponto de encontro. Não tenho a pretensão de criar “o único ponto de encontro” para público gay feminino, mas acho que poderíamos convergir nossas “energias” a uma noite na semana em que saberemos, com certeza, que boa parte da mulherada vai estar num local acessível, a Hey Ladies! Pra gente não gastar o saltinho rodando a Farme e não encontrar nin-guém, né?
O armário das festas indie rock está que nem cela de prisão com lotação excedendo a máxima… e as meninas ainda insistem em tentar dançar lá dentro. Mas nem sendo muito shoegazer…
Gay e OK - Sou lésbica, carioca e, veja só, até solteira, mas quinta-feira eu trabalho. Por que não posso perder a Hey Ladies?
dj bree - Porque se você não for à festa, no dia seguinte no trampo você vai estar com as mesmas olheiras do que se tivesse ido. Com a diferença de que, não indo, vai ficar fritando na cama pensando em quem foi.
Eu também trabalho cedo no dia seguinte. Quando tiver certeza de que a festa emplaca, teremos força para negociarmos datas nos fins de semana para a Hey Ladies!.
Gay e OK - Alguma dica de desculpa para o chefe, para amenizar a meia horinha de atraso?
dj bree - Minha chefe é do ramo, ela totaaaaal me entendeu e apoia ;-) Nem todas pensarão assim, no entanto. Tem uma desculpa ótema que a estagiária aqui do trampo deu esta semana - e conseguiu um dia inteirinho em casa! - ela disse que foi ao Saara, no centro, comprar uma luminária no camelô. E que quando foi ajeitar a posição da lâmpada, levou um choque e só voou longe, estilo desenho animado, quando o sujeito puxou a tomada fora. Ficou com os braços dormentes, portanto não poderia trabalhar.
Funciona, gente!
